Por redação - 21 de Outubro 2019
Levantamento
feito pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), na Terra Indígena Alto Rio
Purus, no Acre, aponta a morte de 20 crianças com idades entre 1 mês e 11 anos.
Os casos ocorreram entre janeiro e agosto deste ano, quando as vítimas
apresentaram febre, vômito, cãibras e diarreia.
Cerca de 45
aldeias dos povos Huni Kui, Kaxinawá, Madja, Kulina e Jaminawa, em sua maioria,
estão instaladas às margens do rio Purus.
De acordo
com o conselho, os surtos de diarreia são periódicos e a causa é a falta de
saneamento básico nas aldeias, como explica a integrante do Cimi, Rosenilda
Padilha.
“As
contaminações das águas. Eles bebem água do rio Purus e isso tem provocado
diarreia e vômito nas crianças. Teve também casos de pessoas adultas que
morreram de vômito e diarreia.”
Em nota
encaminhada à Empresa Brasil de Comunicação, a Secretaria Especial de Saúde
Indígena (Sesai) informou que solicitou um levantamento detalhado da situação
do Distrito Sanitário Alto Rio Purus, incluindo as condições de saneamento, para
investigar os óbitos.
O órgão
afirma que o Ministério da Saúde tem ciência das dificuldades locais para a
execução de obras de saneamento básico ao longo dos anos e trabalha para
solucionar os problemas.
A Secretaria
informa que está adotando as providências para intensificar as ações ao
enfrentamento das causas evitáveis de mortalidade. (EBC)
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