1789 – A Bastilha era uma fortaleza construída por Carlos V, entre 1369 e 1382, com oito torres e muralhas de 25 metros de altura cercadas por fossos. E serviu de prisão desde o reinado de Luís XIII (1610-43), tornando-se o símbolo do Estado absolutista francês.
Pois naquele 14 de julho parisienses tomaram a prisão para conseguir armas e munição e libertar presos políticos.
Era o início da revolução através da qual a burguesia francesa, já consciente de seu papel preponderante na vida francesa, tirou do poder a aristocracia e a monarquia absolutista.
A Revolução, cujo lema era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, foi embalada pelos ideais iluministas, sendo defendida por filósofos como Voltaire, Jean-Jacques Rousseau, Denis Diderot, entre outros.
Desde a primeira reunião da Assembleia dos Estados Gerais em maio de 1789, convocada por Luís XVI a contragosto, a burguesia manifestou sua disposição de extinguir privilégios, liquidar o absolutismo e realizar reformas políticas, sociais e econômicas.
A sucessão dos acontecimentos é vertiginosa.
Em junho os Estados Gerais se transformam em Assembléia Constituinte.
E em 14 de julho a multidão, composta por soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos, resolve atacar a Bastilha, ¬ símbolo do despotismo.
O governador (administrador da prisão) foi morto e os sete prisioneiros foram libertados.
Durante os trabalhos da Constituinte foram aprovadas leis que eliminaram os abusos do antigo sistema feudal. Os nobres perderam a maioria dos seus privilégios.
Foi aprovada também a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e redigida uma Constituição, que transformou a França em monarquia constitucional.
Depois de dez anos de luta, que incluiu o período do Terror, milhares de aristocratas, inclusive o rei e rainha, morreram na guilhotina, e também alguns líderes revolucionários, como Danton e Robespierre.
A revolução se completou quando Napoleão Bonaparte tornou-se primeiro cônsul da França em 1799, após o golpe do 18 Brumário, estabelecendo o Consulado.
Era o início da Era Napoleônica.
Mas os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade lançados pela Revolução Francesa tornaram-se a bandeira de todas as repúblicas ocidentais instaladas daí por diante.
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