Donald Fernandes - Deputado Estadual Antônio Manoel, Francisco Pianko, Joana D’Arc e Letícia Yawanauá são os primeiros nomes propostos para depor. Líder do governo diz que vai rediscutir composição da comissão e quer presidência ou relatoria.
O relator da CPI da Pedofilia na Assembléia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Donald Fernandes (PSB), anunciou há pouco, durante a sessão desta quinta-feira (2), que a pedido da oposição permanecerá no cargo. Ele apresentou dois requerimentos para as quatro primeiras convocações, que deverão ser votadas na reunião da próxima terça-feira (7).
Na primeira convocação, o parlamentar quer que sejam ouvidas a advogada militante do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), Joana D’Arc e a liderança indígena Letícia Yawanauá. Elas foram responsáveis pela denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) contra o assessor especial dos povos indígenas do governo, Francisco Pianko, de exploração sexual de menores em aldeias do Acre em troca de vantagens aos pais.
A segunda convocação será do poeta e escritor Antonio Manoel Camêlo Rodrigues, preso por abuso e exploração de menores e já condenado há mais de 60 anos de prisão. E do assessor Francisco Pianko.
Na terça-feira (30), Donald anunciou que se até esta quinta-feira “o ritmo da CPI não mudasse” ele deixaria o cargo. O suplente, Mazinho Serafim (PSDB) afirmou que não assumiria o cargo.
Nesta manhã, durante seu pronunciamento na sessão da Aleac, Donald disse que os parlamentares de oposição lhe pediram que continue no cargo, “porque a oposição é a esperança da CPI funcionar” e que deixar o cargo seria abandonar a luta.
“Eu pensei, refleti e decide continuar, mas não vou continuar neste ritmo que vai, nesta morosidade. Vamos imprimir um novo ritmo”, disse o deputado.
O líder do governo na Aleac, deputado Moisés Diniz, em seu pronunciamento durante a sessão, afirmou que vai exigir, na próxima reunião da CPI da Pedofilia, prevista para terça-feira (7), a relatoria ou presidência, do contrário deixará a comissão. Diniz é um dos cinco membros titulares.
Diniz afirmou que não concorda com os rumos que o presidente, deputado Luiz Tchê (PMN) e o relator Donal Fernandes estão conduzindo a CPI. De acordo com o líder do governo, a oposição está fazendo palco da CPI. “Aqui não tem herói nem mocinho. Tem homens íntegros”, frisou.
Segundo Diniz, ele propôs os nomes da comissão, inclusive que a relatoria ficasse com a oposição, mesmo o governo tendo três de seus cinco membros. “Vou exigir que a composição seja revista”.
fonte:noticias da hora
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