o jornal ac 24 horas teve acesso, com exclusividade, ao documento onde consta o depoimento que uma das testemunhas fez ao MPF contra Francisco Pianko, assessor especial dos povos indígenas do governo do Acre. Ele é acusado de praticar vários atos de abuso sexual em diferentes aldeias. De acordo com depoimentos prestados ao MPF por testemunhas, Pianko negociava com os pais das próprias índias e escolhia as mais novas, bonitas e virgens, entre 12 e 15 anos, para que fossem trocadas por gasolina, fardos de açúcar, conserto de motores e até casa própria, utensílios raros e necessários para os índios que moram em áreas isoladas.
O mais intrigante é a omissão do Governo da Floresta, que sabia das denúncias e se quer afastou o secretário acusado. Segundo o documento de depoimento de uma das vítimas, no dia 21 de novembro de 2008, cerca de seis lideranças indígenas foram recebidas no gabinete do governador do Acre por uma equipe do Governo da Floresta, formada por assessores especiais (Fábio, Cacá e Edgar de Deus). O grupo do governo, ao saber do assunto, disse apenas que os estupros não interessavam. Afirmaram ainda que o caso não merecia preocupação e dariam atenção apenas quando “houvessem mortes nas aldeias”. Os índios foram praticamente expulsos do gabinete do governo.
A denúncia foi formalizada por ativistas dos direitos humanos no Acre a pedido de lideranças indígenas e já está nas mãos do procurador da república, Paulo Henrique Ferreira Brito, do Ministério Público Federal.
Além do MPF, as lideranças indígenas e os ativistas dos direitos humanos levaram o assunto para o Movimento Nacional de Mulheres do Partido dos Trabalhadores, Subsecretaria Nacional de Proteção à Criança e ao Adolescente, Secretaria Nacional dos Direitos Humanos da Presidência da República.
Segundo constam nos depoimentos, Pianko costumava presentear as adolescentes quando visitava as aldeias e ainda fornecia cachaça para todos os homens da tribo. As orgias sexuais patrocinadas por Pianko, teriam contribuído para o crescimento dos casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis entre os índios (DSTs).
Estupro e ameaças de morte - Ao MPF, os ativistas dos direitos humanos com as testemunhas relataram que Francisco Pianko estuprou e abusou sexualmente de pelo menos duas garotas.
A adolescente C.Y, de 12 anos, da aldeia Yawanawá, foi uma das vítimas. Depois do estupro a menina teria sangrado sem parar por mais de 24 horas. Os pais procuraram o Pajé da tribo, que chegou a não entender por que mesmo depois de medicada, a febre e as dores da menor não passavam.
Outra vítima foi a menor, S.Y, de 14 anos que também teria sido estuprada por Pianko na mesma aldeia. A violência sexual, segundo consta nos depoimento, ocorria por todas as aldeias por onde o assessor indígena do governo passava. Várias meninas teriam sido vitimas.
As duas garotas até hoje sofrem seqüelas. A família e as principais testemunhas já teriam recebido cerca de sete ameaças de morte de pessoas ligadas a Pianko, se o caso chegasse ao conhecimento do público. A mais recente ameaça aconteceu do dia 1 de março deste ano. Os familiares pediram ajuda do Programa Nacional de Proteção de Testemunhas.
No início da próxima semana mais três testemunhas (mulheres e homens, pais das índias) devem acrescentar fatos novos ao MPF. O mais intrigante é a omissão do Governo da Floresta, que sabia das denúncias e se quer afastou o secretário acusado. Segundo o documento de depoimento de uma das vítimas, no dia 21 de novembro de 2008, cerca de seis lideranças indígenas foram recebidas no gabinete do governador do Acre por uma equipe do Governo da Floresta, formada por assessores especiais (Fábio, Cacá e Edgar de Deus). O grupo do governo, ao saber do assunto, disse apenas que os estupros não interessavam. Afirmaram ainda que o caso não merecia preocupação e dariam atenção apenas quando “houvessem mortes nas aldeias”. Os índios foram praticamente expulsos do gabinete do governo.
A denúncia foi formalizada por ativistas dos direitos humanos no Acre a pedido de lideranças indígenas e já está nas mãos do procurador da república, Paulo Henrique Ferreira Brito, do Ministério Público Federal.
Além do MPF, as lideranças indígenas e os ativistas dos direitos humanos levaram o assunto para o Movimento Nacional de Mulheres do Partido dos Trabalhadores, Subsecretaria Nacional de Proteção à Criança e ao Adolescente, Secretaria Nacional dos Direitos Humanos da Presidência da República.
Segundo constam nos depoimentos, Pianko costumava presentear as adolescentes quando visitava as aldeias e ainda fornecia cachaça para todos os homens da tribo. As orgias sexuais patrocinadas por Pianko, teriam contribuído para o crescimento dos casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis entre os índios (DSTs).
Estupro e ameaças de morte - Ao MPF, os ativistas dos direitos humanos com as testemunhas relataram que Francisco Pianko estuprou e abusou sexualmente de pelo menos duas garotas.
A adolescente C.Y, de 12 anos, da aldeia Yawanawá, foi uma das vítimas. Depois do estupro a menina teria sangrado sem parar por mais de 24 horas. Os pais procuraram o Pajé da tribo, que chegou a não entender por que mesmo depois de medicada, a febre e as dores da menor não passavam.
Outra vítima foi a menor, S.Y, de 14 anos que também teria sido estuprada por Pianko na mesma aldeia. A violência sexual, segundo consta nos depoimento, ocorria por todas as aldeias por onde o assessor indígena do governo passava. Várias meninas teriam sido vitimas.
As duas garotas até hoje sofrem seqüelas. A família e as principais testemunhas já teriam recebido cerca de sete ameaças de morte de pessoas ligadas a Pianko, se o caso chegasse ao conhecimento do público. A mais recente ameaça aconteceu do dia 1 de março deste ano. Os familiares pediram ajuda do Programa Nacional de Proteção de Testemunhas.
Francisco Costa
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